O Verdadeiro Preco Das Apostilhas De Osman Lins
Enviado por SofiaVergara24 • 10 de Junio de 2014 • 449 Palabras (2 Páginas) • 352 Visitas
INTRODUÇÃO
O objeto de estudo do presente trabalho é o ensaio de Osman Lins “O verdadeiro preço das apostilhas”. Na sua análise, se tentará identificar a presença dos traços próprios do gênero ensaístico salientados pelos seguintes autores teóricos: Fernando Savater, Theodor Adorno, Luiz Costa Lima e Rachel Esteves Lima.
Também serão analisadas as marcas do sujeito da enunciação, o eu ensaístico, segundo a perspectiva proposta por Jean-Paul Bronckart.
DESTECENDO O ENSAIO
No título do texto, o ensaísta já coloca a questão do preço das apostilhas, e com o adjetivo “verdadeiro” sugere que há um preço que é certo e outro que não.
No primeiro parágrafo, O. Lins apresenta as funções dos professores. Aí há duas marcas explícitas do eu ensaísta: “segundo pude observar” e “nos fartamos de ver”, dessa maneira é expressamente assinalada a subjetividade do ensaísta que destaca F. Savater quando escreve “Esta cualidad demoledora le viene de su condición inocultablemente subjetiva” (Savater: 5). O texto começa com um período comprido, onde há uma restrição do sujeito do período “As pessoas não familiarizadas com a vida universitária” e logo uma modalização lógica “podem supor”. E imediatamente depois uma negação categórica. Esse contraste entre a extensão dos períodos que se repete em outros trechos do ensaio, lhe imprime uma força bem marcada à exposição e um ritmo muito particular. A seguir novamente se desenvolvem três períodos bem compridos, nos quais há varias modalizações: tendem a consumir (verbo auxiliar), naturalmente, decerto, curiosamente, em geral (advérbios e locuções adverbiais). Nesses períodos há vários advérbios de quantidade (menos, mais) que também constituem marcas de subjetividade, relacionadas com comparações entre os diferentes tipos de professores apresentados pelo ensaísta. Sobre este ponto resulta curioso como Lins repete o advérbio “menos”, justamente para referir-se ao tipo de professor que não se interessa por estudar e criar, e que, po
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r causa desse recurso estilístico, o leitor poderia interpretar como “menos professor” do que o outro tipo descrito pelo ensaísta. Outra marca subjetiva é a expressão colocada entre parênteses, “(que, se não trabalham, consomem tempo)”, que é uma apreciação pessoal de Lins sobre os grupos de trabalho.
No segundo parágrafo o ensaísta se coloca como professor e conta seu caso, afastando-se daqueles professores menos interessados em estudar e criar, que tinha mencionado no parágrafo anterior. Esta perspectiva da abordagem, na qual o ensaísta expressa sua própria experiência, tem relação com o colocado por L. Costa Lima, que cita Lukács “Há vivências [...] que, entretanto, aspiram
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