Una mejor solución que la muerte
Enviado por Adahiana • 6 de Junio de 2018 • Ensayo • 1.325 Palabras (6 Páginas) • 137 Visitas
UNIVERSIDAD NACIONAL DE MISIONES.
Facultad de humanidades y Ciencias Sociales
Aluna: Torres, Yeslaine.
Uma melhor solução que a morte?
No presente ensaio trabalharemos com a obra “Noite na taverna” de Álvares de Azevedo, a obra foi publicada em 1855, após a morte do autor, pertence a segunda geração romântica, também conhecida como o mal do século o ultrarromântico, ao mencionar esta última expressão, seguramente nos vem à mente a ideia de algo excessivo, exagerado, porém foram estas características que abundaram nas obras românticas da segunda geração, com o predomínio de temáticas cotidianas envolvidas em um profundo pessimismo, que influenciou a escolha da temática morte, primeiramente explicamos as circunstancias que levaram a Azevedo a escrever sobre aspectos sombrios e tenebrosos, logo nomeamos a um dos poetas britânicos que compartilha o dito tema Lord Byron, mas não saímos da obra que nos interessa, descrevendo-a e expondo citas que apoiam a fundamentação dos diferentes tipos de morte apresentadas ao longo da narrativa. Além disso a única razão observada, das diversas maneira de expor a morte, a mais marcante é a fuga da realidade como a única solução para os protagonistas.
Mas o que levou a Álvares de Azevedo a escrever sobre a morte, por uma parte, o contexto da época, os jovens os quais não podiam lidar com o seus sentimentos, estavam atravessados por um ambiente de pessimismo, seu único desejo era evadir a realidade, eles encontravam na morte a solução para seus problemas existenciais tais como amor não correspondido, o porquê de não encaixar na sociedade, devido a seu estilo de vida desordenado, visto que, gostavam da noite, dos lugares sombrios, húmidos e tenebrosos. Por outra, os autores do movimento romântico da segunda geração, principalmente Alvares de Azevedo foram fortemente influenciado pelo poeta britânico Lord Byron, suas obras estão caracterizadas pelo pessimismo, melancolia, fuga da realidade e exaltação a morte, aspectos que podemos evidenciar no seguinte poema Uma taça feita de um crânio humano “não recues! de mim não foi-se o espírito... Em mim verás, pobre caveira fria, único crânio que ao invés dos vivos. Só derrama alegria...” (Lord Byron, Uma taca feita de crânio humano, primeira estrofe, tradução de Castro Alves) Onde podemos apreciar aspectos melancólicos, que só depois da morte podemos encontrar a felicidade anelada.
Noite na taverna, é uma obra narrativa, composta por sete capítulos e um epilogo. O enredo narra a história de um grupo de jovens que frequentavam uma taverna como meio de evadir a realidade, os quais contam diversificadas anedotas, todas elas com um elo em comum, todas são trágicas, impregnadas de vícios, morte, amores proibidos e pervertidos. A trama gira em torno a um espaço caracterizado pela morte, marcado por cenários escuros, sombrios e tenebrosos, somente por meio da morte poderão encontrar soluções a seus problemas e satisfações aos desejos reprimidos que são a causa de seus sofrimentos.
No transcurso da obra através de cada um dos capítulos, Azevedo vai relatando histórias relacionadas com a morte, ficando em evidencia sua forma negativa de ver realidade e para todos os problemas que surgem a melhor solução é a evasão da realidade por meio do álcool e o aniquilamento dá vida.
Certamente para muitas pessoas as temáticas desta obra são bastante assustadoras, não é? para Azevedo não, ele descreve a morte, com tão naturalidade como si ela fosse parte de sua existência, apresentando diversificados temas como: O amor doentio e obsessivo, o qual é capaz de levar as pessoas ao suicídio o a cometer assassinatos; à medida que vamos lendo os relatos podemos perceber que a solução destes problemas são resolvido com a morte. Outras características encontradas na obra que estão fortemente ligadas à morte, a primeira é a necrofilia: Tomei-a então pela última vez nos braços, apertei-a a meu peito muda e fria, beijei-a e cobri-a adormecida do sono eterno com o lençol de seu leito (Álvares de Azevedo,5); e a segunda a antropofagia: “Não cubrais o rosto com as mãos — faríeis o mesmo... Aquele
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