Entendendo
Enviado por dyane_alves • 22 de Octubre de 2013 • Ensayo • 468 Palabras (2 Páginas) • 192 Visitas
INTRODUÇÃO
Entendendo a química como uma ciência que se preocupa em entender o mundo no seu sentido material, em como tudo se constitui e se transforma e o que envolve essas transformações, é então de plausível entendimento que a química que se aprende nas escolas deveria ser uma química que levasse o aluno ao entendimento do mundo material em que ele vive, evidenciando, também, para os estudantes que esse conhecimento é sócio-historicamente construído (OLIVEIRA; GOUVEIA e QUADROS, 2009).
Entretanto, o que se percebe é um ensino tradicional descontextualizado baseado exclusivamente na transmissão do conhecimento, ao qual tem se mostrado ineficaz para o aluno explicar, do ponto de vista científico, o mundo que ele vive. Para Maldaner (1997 apud Machado, 1999) é necessário uma mudança no ensino de química, de forma que ele não gire em torno de conteúdos descontextualizados, a partir de uma lógica do conhecimento sistematizado.
Segundo Freire Júnior (2002), o desafio educacional agora deixa de ser a transmissão de conteúdos e se transforma na busca de estratégias capazes de promover a mudança das estruturas conceituais que os alunos trazem para sala de aula, de modo que novos conceitos possam efetivamente ser incorporados ao seu patrimônio intelectual.
A experimentação pode ser vista para o ensino de Química como uma dessas estratégias para que o conteúdo possa ser incorporado pelo aluno, entretanto para que isso de fato aconteça há uma necessidade, segundo Hodson (1992 apud LOBO, 2006 ), de uma redefinição e reorientação do trabalho prático de modo a contemplar três aspectos da educação científica: aprender ciência, aprender sobre ciência e fazer ciência.
Articular esses três aspectos em práticas do ensino médio não é simples, entretanto o planejamento de cada atividade experimental, feita pelo professor, deve buscar sim relacionar ao conteúdo aspectos históricos, epistemológicos e metodológicos sobre a ciência.
Outro aspecto que o professor deve levar em consideração é o aspecto motivacional do experimento, uma vez que este estimula o interesse dos alunos em sala de aula e o engajamento em atividades subseqüentes (GIORDAM,1999; LABUM, 1996).
O engajamento do aprendiz com o objeto de estudo é fundamental para aprendizagem como afirma Baquero (1998):
A aprendizagem só é real quando o aluno incorpora o objeto de conhecimento, tomando-o como “seu” e é capaz de estabelecer nexos e relações com este objeto que agora “possui”
Entretanto, ao falar da experimentação como elemento motivador não estamos nos referindo a atividades experimentais tipo “show” em que a motivação é o único objetivo. Trata-se de utilizar atividades experimentais problematizadoras que motivem o aluno pelo estudo do fenômeno em si e não pela espetacularização (GONÇALVES; GALLIAZI, 2006).
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