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Historia Da Física


Enviado por   •  16 de Mayo de 2014  •  15.924 Palabras (64 Páginas)  •  248 Visitas

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A HISTÓRIA DA FÍSICA

O LIVRO DO UNIVERSO

A física é a ciência fundamental que constitui a base para todas as outras, a ferramenta com a qual ex¬ploramos a realidade.

O nascimento da Física

Antes do desenvolvimento do método ex¬perimental, os primeiros cientistas ou os "filósofos naturais", como eram chamados

aplicaram a razão ao que viam em volta de¬les e chegaram a teorias para explicar suas obser¬vações.

Os poucos que pen¬savam diferente eram muitas vezes ridicularizados ou mesmo perseguidos.

Os gre¬gos antigos são as primeiras pessoas que conhecemos que tentaram substituir as explicações místicas e supersticiosas por outras, baseadas na observação e na razão.

Aristóteles seguiu uma trajetória dedutiva acreditando que apenas a razão não bastava para permitir que a humanidade desvendasse os misterios do universo. Ele acreditava no "raciocínio indutivo", ou seja, a lógica que funcionava a partir da observação do mundo. Ele iniciou um mé¬todo científico

O brilhante Ibn al-Hassan Ibn al-Haytham (965-1039) desenvolveuum procedimento parecido ao método ex¬perimental moderno.

Ele começava pelo enunciado de um pro¬blema, depois testava sua hipótese por meio de experimentos, interpretava os resultados e chegava a uma conclusão. Ele adotou uma atitude cética e questionadora, e reconhecia a necessidade de um sistema de medidas e investigação controlado rigorosamente

No entanto questionar o mundo passou a ser visto como uma blasfémia. A ciência árabe e os trabalhos, de Aris¬tóteles fluíram para a Europa traduzidos para o latim no início da Idade Média

Roger Ba¬con (c. 1210-c.1292) visava particularmente a Aristóteles, cujas ideias em muitas áreas eram aceitas como verdade bíblica, reco¬mendando que as conclusões de Aristóteles fossem testadas.

Bacon seguia como padrão a formulação de uma hipótese com base em observações e a execução de um experimento para testar a hipótese.

Francis Bacon (1561-1626) acreditava que os resultados de expe¬rimentos pudessem ajudar a discernir teo¬rias conflitantes e ajudar a humanidade a se aproximar da verdade. Ele defendia o racio¬cínio indutivo como a base do pensamento científico.

Embora Bacon fosse o primeiro a formu¬lar o método, uma abordagem semelhante à experimentação já tinha sido adotada por Galileu. Galileu foi um grande proponente do raciocínio indutivo, percebendo que a evidência empírica de um mundo comple¬xo nunca corresponderia à pureza da teoria.

O interesse crescente pela ciência deu ori¬gem a sociedades científicas espalhadas pela Europa a partir do século 17.

A primeira delas foi a Accademia dei Lincei, formada por Federico Cesi, um rico florentino com grande interesse pela ciência.

Foi sucedida pela Academia de Experimento em Florença, fundada em 1657, na época o centro de desenvolvimento científico mudouse da Itália para a Inglaterra, França, Alemanha, Bélgica e Países Baixos.

A maior das sociedades científicas foi a Royai Society of London (Sociedade Real de Londres). Fundada em 1660 foi Robert Hooke (1635-1703) sue primeiro curador de experimentos.

A Royai Society seguiuse rapidamente a Académie des Sciences em Paris no ano de 1666.

A melhor ferramenta científica o cérebro

Aristóteles chegou a modelos para a natureza da maté¬ria e o comportamento de corpos em dife¬rentes condições que funcionavam de acor¬do com o que já se conhecia.

Albert Einstein (1879-1955) revolucionou a Física e a visão cientí¬fica do universo usando apenas caneta e pa¬pel.

Ao contrário de Aristóteles, e seguindo uma prática iniciada por New¬ton em 1687, Einstein fez uso rigoroso da matemática para apoiar seus argumentos e mostrar que seu sistema funcionava com o que já era conhecido.

São a inventividade e a curiosidade dos seres humanos que impulsionam o pro¬gresso.

MATERIA

O primeiro físico?

As origens da "filosofia natural" - ou da ciência, como a chamamos hoje - prova¬velmente residem, como é comum na cul¬tura ocidental, na Atenas antiga.

A primeira pessoa a quem podemos chamar de físico é Anaxágoras, que viveu no século 5 a.C. Anaxágoras buscou uma visão do universo material em que a superstição ou a intervenção divina não tivessem nenhum papel.

Para Anaxágoras, o aspecto essencial do mundo natural era a mudança. A matéria, dizia ele, não podia existir do nada e nem parar de existir. Ele afirmava que toda ma¬téria era composta

ide substâncias básicas, que qualquer porção de matéria

continha todas as propriedades (ou materiais) possíveis. Isso significa que ela deve se dividir infinitamen¬te.

Anaxágoras tinha um ingrediente adicional para juntar que era a inteli¬gência, ou nous.

Ele não acreditava que a inte¬ligência estivesse presente em toda matéria, mas apenas em coisas animadas.

Anaxágoras concebeu um modelo em que a matéria não podia ser criada nem destruída, mas no qual a mutabilidade do mundo à nos¬sa volta é explicada transformando-se a maté¬ria ao longo do tempo.

Partes indivisíveis

A palavra átomo vem do termo do grego clássico "átomos", que significa inseparável ou indivisível. A sugestão de que tudo é fei¬to de partículas minúsculas indivisíveis tem suas origens no século 5 a.C. com o trabalho de Leucipo, e depois com seu aluno Demó¬crito.

0 atomismo sustenta que o universo abrange matéria formada de partículas minúsculas, indivisíveis, existen¬tes num vazio. Os átomos de qualquer subs¬tância são do mesmo tamanho e formato, e feitos do mesmo material. Para os atomistas a matéria existia em um vácuo.

Demócrito (ou Leucipo) foi o primeiro a postular o vácuo, embora a ne¬cessidade de um vácuo fosse evidente para a matéria se mover: em um universo cheio de matéria, cada parte de espaço já estaria ocu¬pada de modo que não pudesse ser ocupada por algo mais que se movesse dentro dele.

Empédocles (c. 490-C.430 a.C.) ensinava que tudo é formado por quatro "princípios" terra, água, fogo e ar. Esse modelo foi retra-balhado e defendido por Aristóteles, talvez o maior e mais influente pensador da histó¬ria do ocidente.

Platão renomeou os quatro "elementos principais" e Aristóteles usou esse termo. Cada elemento é caracterizado por duas pro¬priedades dos contrários naturais quente-frio e úmido-seco. Logo, a terra é fria e seca, a água é fria e úmida, o ar é quente e úmido, e o fogo é quente e seco.

Uma vez que um elemento está em seu lugar natural, ele não se moverá a não ser que algo cause esse

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