DISCIPLINA: EPISTEMOLOGIA DA CIÊNCIA E POLÍTICAS DE SAÚDE E ENFERMAGEM
Enviado por Juliana Nunes • 18 de Abril de 2018 • Resumen • 754 Palabras (4 Páginas) • 190 Visitas
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
FACULDADE DE ENFERMAGEM
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
DISCIPLINA: EPISTEMOLOGIA DA CIÊNCIA E POLÍTICAS DE SAÚDE E ENFERMAGEM
Doutoranda: Juliana Damasceno Nunes Lopes
Resenha: A ordem do discurso de Michel Foucault
A presente resenha foi elaborada a partir do livro de Michel Foucault, “A ordem do discurso”. Esta obra baseia-se na aula inaugural ministrada, no dia da sua posse, por Foucault no College de France em 02 de dezembro de 1970.
No primeiro momento da obra, o autor expõe seus anseios e suas dificuldades para começar o seu discurso durante a aula, ele revela que gostaria de não entrar na ordem incerta do discurso. Ainda no primeiro momento, ele menciona que gostaria de ouvir “uma voz sem nome’ homenageando o antecessor da disciplina Jean Hyppolite. Após, fica um questionamento no ar: “Mas o que há assim de tão perigoso por as pessoas falarem, qual o perigo dos discursos se multiplicarem indefinidamente?”
Nesse sentido, o autor discute como o discurso se dissemina em diferentes sociedades. De acordo com ele, o discurso exerce um controle, uma seleção e uma organização em diferentes grupos sociais e períodos históricos distintos, mostrando que há repressão no discurso.
Para Foucault, o discurso não pode ser explanado a qualquer momento e em qualquer circunstância, ou seja, não se pode dizer o que se deseja principalmente na sociedade em que vivemos, pois o discurso possui diferentes tabus, sendo a sexualidade e a política os principais para sociedade que vivemos, pois aqui os discursos são marcados pelo desejo e poder. O autor denomina esse processo como interdição.
A seguir, o autor aborda a respeito dos três sistemas de exclusão que incidem sobre o discurso: A interdição, exemplificando a razão e a loucura, em que o discurso do louco não é compreendido pela sociedade, sendo considerado nulo por não atender as necessidades mínimas sociais. Logo a sociedade não se interessa por esse discurso, não o vê como verdadeiro, ocorrendo à segregação da loucura. A rejeição, isto é, os discursos são influenciados pelas regras da sociedade, detentoras de saber e cabe a elas classificarem o discurso como verdadeiro ou não, ou seja, ela rejeita ou não o discurso. E por fim, a vontade de verdade, onde o verdadeiro e o falso se afastam, a partir de critérios que são a eles instituídos. A verdade que é tida como oficial é aquela que deseja ser ouvida, que é aceita e determinada pela sociedade, ou seja, não se vê a vontade de verdade.
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