REVISÃO TEORICO-PRATICA.
Enviado por Rodrigo Coutinho • 1 de Junio de 2016 • Ensayo • 1.549 Palabras (7 Páginas) • 128 Visitas
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO
LICENCIATURA EM LETRAS COM ESPANHOL
ALINE MONTEIRO SANTANA SOUZA
RODRIGO COUTINHO DA SILVA
PRÁTICA PEDAGÓGICA COM GÊNEROS TEXTUAIS: HISTÓRIAS EM QUADRINHO (HQ’S)
Feira de Santana - BA
2016
REVISÃO TEÓRICO-PRÁTICA
Atividade baseada na leitura de diversos textos trabalhados em classe, solicitada pela professora Lilian Pacheco, na disciplina Psicologia da Educação do curso de Licenciatura em Letras com Espanhol, como requisito parcial do processo avaliativo da disciplina.
Feira de Santana - BA
2016
INTRODUÇÃO
O objetivo deste trabalho é tratar sobre algumas ideias de textos trabalhados na disciplina Psicologia da Educação e fora dela, apresentar as contribuições desses textos na realização de uma Prática Pedagógica (a qual chamarei nesse texto de PP) e, descrever, com riqueza de detalhes, o processo de realização da PP, destacando os pontos negativos e positivos de uma aula que teve como principal foco as histórias em quadrinhos.
DESENVOLVIMENTO
O texto “O Construtivismo”, do livro Psicologia da Educação: fundamentos teóricos, aplicações à prática pedagógica, da autora Íris Barbosa Goulart, trata de uma perspectiva de ensino chamado Construtivismo, o qual era defendido e representado pelo filósofo suíço Jean Piaget, que tinha um interesse epistemológico em analisar a origem e evolução do conhecimento. Piaget acreditava que o homem é o construtor do seu conhecimento.
Esse texto contribuiu muito para o processo de desenvolvimento da nossa PP, pois nos ajudou a entender que o aluno constrói seu conhecimento a partir de uma interação com o meio, com as tarefas desenvolvidas em sala de aula, com os colegas de classe e também com o professor, o professor deixa de ser aquela figura em que só ela detém o “conhecimento”, que está ali somente para transmitir seus conhecimentos adquiridos e que não tem nada a aprender com as pessoas as quais ensina.
O texto “A Psicogênese como Fundamentação Teórica e Princípio Metodológico do Currículo”, da autora Lílian Miranda Bastos, também foi de grande contribuição.
Esse texto trata da aprendizagem, fazendo uso de ideias da teoria construtivista. E, uma das questões que mais nos chamou atenção nesse texto é a ideia de uma aprendizagem significativa.
A aprendizagem é considerada significativa quando o ensino leva em consideração os conhecimentos prévios da criança, quando questiona e respeita o significado lógico e psicológico da aprendizagem, levando em consideração os aspectos motivacionais e funcionais, envolvendo a intensa atividade do aluno no processo. (PACHECO)
Com o objetivo de destacar as peculiaridades das teorias e das pesquisas sobre os gêneros, salientando a funcionalidade dos gêneros textuais, em especifico as histórias em quadrinhos (Doravante HQ), a relação entre esse gênero textual e o ensino de língua estrangeira e língua materna. Primeiramente, apresentaremos os conceitos de gêneros apresentados por alguns pesquisadores da área, como parte do processo de construção do referencial teórico aqui adotado. Em seguida, explicitamos o conceito do gênero HQ e por fim os benefícios do uso dos gêneros associado ao ensino de línguas.
Os estudos acerca dos gêneros textuais começaram na antiguidade, com ênfase nas classificações tradicionais da literatura que, desde Platão, têm tido uma insistente discussão. Brandão (2003, p. 19) argumenta que esses estudos “têm atravessado, ao longo dos tempos, as preocupações dos estudiosos da linguagem, interessando tanto à história da retórica quanto às pesquisas contemporâneas em poética e semiótica literária e às teorias linguísticas atuais”.
Com o desenvolvimento dos estudos linguísticos e com a entrada do texto e do discurso também como escopo de pesquisa da Linguística, os gêneros textuais passaram a fazer parte das reflexões de muitos estudiosos.
Bakhtin (2003) afirma que o uso da língua se concretiza por meio de enunciados. Tais enunciados são individuais e únicos. Apesar disso, “cada campo de utilização da língua elabora seus tipos relativamente estáveis de enunciados” (orais ou escritos) e esses são de possibilidades inesgotáveis dentro dos diversos campos da atividade humana. Isso porque a diversidade dos gêneros segue os parâmetros sociais e históricos das práticas discursivas de um determinado universo social (BAKHTIN, 2003, p. 262).
Em seus estudos, Luiz Antônio Marcuschi trata a pesquisa feita sobre os Gêneros Textuais como algo antigo. Marcuschi (2008, p.147 e 148) traça um histórico da primeira noção de Gênero Textual, ou Discursivo, mais sistematizada, com Aristóteles, em que há três Gêneros de Discurso Retórico: discurso deliberativo – com a função de aconselhar ou desaconselhar –, discurso judiciário – para acusação, defesa e reflexão sobre os fatos passados – e o discurso demonstrativo – utilizado para elogio ou censura, expresso em tempo presente.
Os Gêneros podem ser nas formas oral e escrita. Afirma-se que a oralidade é marcada por um saber social comum de como empregar os Gêneros. De acordo com Marcuschi (2008), mesmo que o falante não possua uma saber técnico ele é capaz de se comunicar e ser compreendido por seu interlocutor. Algo que acontece porque os Gêneros textuais não são criados por um falante, eles resultam de “formas socialmente maturadas em práticas comunicativas na ação linguageira” (MARCUSCHI, 2008, p.189).
Marcuschi (2008) propõe que os estudos sobre os Gêneros orais são ainda escassos e recentes, mas que é necessário realizá-los justamente por estarem diretamente ligados com o conhecimento comum dos falantes.
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