Breve Histórico Do INSS
Enviado por julianaroque27 • 12 de Noviembre de 2014 • 1.000 Palabras (4 Páginas) • 132 Visitas
Durante as primeiras décadas do século XX no Brasil ocorreram mobilizações
da população, greves que reivindicavam o cumprimento do tratado de
Versailles onde os países acordantes obrigavam-se a criar sistemas de
proteção social. Foi neste período que se pode considerar o momento inicial da
Previdência Social Brasileira, consolidada na legislação do Acidente de
Trabalho e a Lei Eloy Chaves, proporcionando o nascimento das Caixas de
Aposentadorias e Pensões (CAPs), que se fundamentava pelas contribuições
entre empregados e empregadores, restrita às categorias mais combativas
politicamente e estratégicas economicamente, para conseguir afetar
diretamente nos movimentos sociais dessas categorias, e também, ser a
respostas que a população pedia.
O governo de Getúlio Vargas utilizou como estratégia para a mudança
produtiva no Brasil a situação da Revolução de 1930, deixando de ser um país
agro-exportador de café para entrar no momento da industrialização mundial.
Este fato concedeu espaço para a burguesia brasileira ter poder de mando na
gerência do Estado.
A partir de 1937 se difundiu o modelo corporativista e uma política propícia à
industrialização nacional que para legitimar-se, o governo instituído procurou
na classe operária colaboração política criando a Legislação Social e proteção
ao trabalho com o objetivo de sistematização legal dedicada às expressões da
questão social incorporando algumas requisições populares.
Devido esta nova regulamentação que incorporou algumas demandas da
população foram criados os Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs) com
sistema tripartite (trabalhador, Estado e empresa) tanto do ponto de vista
contributivo quanto no gerenciamento que tinha forte participação sindical nos
conselhos administrativos. Estes Institutos eram estruturados como as Caixas
de Aposentadorias e Pensões (CAPs) divididas por categorias profissionais,
porém, não era um sistema abrangente a todos trabalhadores: os domésticos e
trabalhadores rurais, porque não conseguiam organizar-se e porque, no âmbito
do sistema econômico, estavam numa posição inferior, não possuíam um
CAPs.
Após treze anos discussão no parlamento nacional, JK, em 1960 promulga a
Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS) que proporcionou a unificação dos
benefícios e serviços, mantendo em funcionamento os IAPs devido aos
interesses políticos existentes. Diante da conjuntura mundial de enfrentamento
dos movimentos de esquerda, emerge no Brasil a Ditadura Militar.
Novos elementos destacam-se na execução previdenciária deste momento: a
centralização nos governos militares com a criação do Instituto Nacional de
Previdência Social (INPS) que proporcionou uma administração burocratizada,
supostamente neutra, limpa de interesses políticos, gerenciada pelo Estado e
retirando a participação sindical da formatação organizativa do novo instituto,
extinguindo os conselhos administrativos. Neste novo paradigma previdenciário
imposto pelo governo militar brasileiro, ocorreram grandes aquisições dos
planos de saúde privados, favorecendo a assistência individualizada e
rebaixando a assistência pública, coletiva, proporcionando grandes espaços ao
aumento dos serviços privados industriais no setor da saúde e equipamentos,
difundindo princípios individualistas e segmentados de proteção social.
A conjuntura que está posta neste momento é de transição do capitalismo
concorrencial para o monopolista, momento em que o Brasil promove a
abertura nacional para o capital estrangeiro que ocasionou grandes mudanças
nos parques industriais e tecnológicos no sentido de aumento da produção e
...