Ecologia Organizacional
Enviado por Thay2013 • 19 de Mayo de 2013 • 1.732 Palabras (7 Páginas) • 272 Visitas
Teoria da Cultura
• “Cultura”: a etimologia da palavra nos remete a ideia de cultivar, ou seja, dar condições para o desenvolvimento de algo ou alguém.
• Esta ideia está implícita na concepção corrente de cultura e irá apontar para ideias como cultura dos campos, do corpo, da mente, assim como “cultura de bactérias”.
• Em todos estes usos do termo “cultura” está presente a noção de crescimento, desenvolvimento, ou mesmo evolução.
• Você sabe que se pode dizer – na linguagem coloquial de modo ofensivo – que alguém “não tem cultura”.
• O sentido da expressão é ao mesmo tempo dizer que tal pessoa não é escolarizada (que chamaríamos “educação formal”), ou que não tem “bons modos”, não aderiu ou não faz uso dos mesmos padrões de etiqueta que nós.
• Nunca, porém, esta expressão ofensiva terá o sentido de dizer literalmente que qualquer pessoa não tem nenhuma cultura.
• Ela sempre terá a sua cultura, aquela em que aprendeu seu idioma e na qual formou seus modos de agir e pensar.
• O termo cultura foi também utilizado como sinônimo de etnia, de sociedade e de civilização.
• O termo “cultura” pode também significar a herança social, e “uma cultura” uma determinada variante de herança. Deste modo, utiliza-se “cultura” como característica de certo grupo de indivíduos.
Fundamentos Gerais da
Teoria da Cultura
• A Antropologia procurou definir o conceito de “cultura” a partir de suas pesquisas para responder às grandes interrogações com as quais se confrontou:
• Podemos, sinteticamente, enumerar as seguintes:
• a grande diversidade cultural e a unidade biológica da espécie humana;
• a variação geográfica e a adaptabilidade;
• as diferentes maneiras de participar da sua cultura;
• a dinâmica da cultura.
• Sabemos que pertencemos todos a mesma espécie animal chamada homo sapiens. Porém, compartilhamos um amplo conjunto biológico de características, com pequenas variações fenotípicas, e uma grande variedade cultural.
• Isso poderia ser explicado pela variedade de ambientes geográficos ocupados pelo homo sapiens. Em meio urbano esta questão é bastante evidente, afinal, dispomos de equipamentos e modos de habitação adaptados.
• Evidentemente, nunca estamos isolados do meio ambiente. Mas a questão fundamental é que nem sempre foi assim e que o fato de ter sido diferente nos ensina algo sobre a questão da determinação geográfica.
• É assim que se poderia explicar o caso da população inuit* que desenvolveu modos de viver diferentes daqueles das populações que vivem no mesmo ambiente gélido do círculo polar Ártico como o lapões.
• Os primeiros vivendo em iglus, “casas de gelo”, enquanto os outros vivem em tendas de pele de rena, das quais são exímios criadores, enquanto os inuit são caçadores de renas.
• *Inuit – chamada de “esquimó”, designação pejorativa que significa “aquele que come carne crua”.
• Hoje com os processos de globalização e o uso intensivo de tecnologia, as diferenças geográficas tornam-se menos importantes.
• A posição moderna da Antropologia é que “a cultura age seletivamente” e não casualmente, sobre o seu meio ambiente, “explorando determinadas possibilidades e limites ao desenvolvimento, para o qual as forças decisivas estão na própria cultura e na história da cultura”.
• Na realidade, pensado em outros termos, a relação entre natureza e cultura é um tema da maior atualidade que pode ser sistematizado nos seguintes termos:
• De fato, o que faz o habitante humano de latitudes inclementes, não é desenvolver um sistema digestivo peculiar, nem tampouco adquirir pelos.
• Ele muda seu ambiente e pode assim conservar inalterado o seu corpo original. Constrói uma casa fechada, que o protege contra o vento e lhe permite conservar o calor do corpo. Faz uma fogueira ou acende uma lâmpada.
• Ao longo das primeiras décadas do Século XX, a Antropologia se dedicou a identificar e inventariar a variedade do humano.
• A diversidade parecia tão grande que era impossível dizer até onde iria o grau de variação.
• Além do mais, as sociedades que eram consideradas “simples” ou “sem escrita”, como na perspectiva evolucionista clássica, ao serem estudadas de perto e de dentro, ou seja, com o convívio mais intensivo por parte do pesquisador, mostraram-se complexas em todos os seus aspectos.
• As próprias escolas teóricas que defendiam o evolucionismo linear começaram a entrar em decadência.
• As escolas evolucionistas clássicas comparavam aspectos parciais de cada cultura (rituais, costumes, modos de habitação, etc.), sem levar em conta que a comparação apenas tem sentido considerando um determinado aspecto no seu contexto, e somente depois comparado com outro igualmente no contexto em que ocorre.
Evolucionismo
• O evolucionismo, que segue a linha do chamado darwinismo social, é uma teoria social tipicamente etnocêntrica, ou melhor, eurocêntrica, em que as outras sociedades são consideradas como “ancestrais vivos” das sociedades europeias.
• Em grandes linhas o evolucionismo na Antropologia pode ser caracterizado do seguinte modo:
• Primeiro, a ideia de que as sociedades humanas deviam ser comparadas entre si por meio de seus costumes. Mas tais costumes são definidos pelo investigador e não são situados de modo horizontal.
• Eles não são vistos como peças de um sistema de relações sociais e valores, mas como entidades isoladas de seus respectivos contextos ou totalidades.
• Essa separação do contexto é que vai permitir situar cada costume como sendo uma ilustração crítica de momentos (ou estágios) socioculturais específicos.
• A segunda ideia do evolucionismo é a de que os costumes têm uma origem, uma substância, uma individualidade e, evidentemente, um fim.
• O fim não é jamais discutido pelos teóricos do Século XIX,
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