Fichamento Paulo Freire
Enviado por dani1604 • 18 de Marzo de 2015 • 325 Palabras (2 Páginas) • 291 Visitas
Freire, Paulo. “A Importância do Ato de Ler”. 23° ed. São Paulo: Cortez, 1989, p.9-14.
“(...), processo que envolvia uma compreensão crítica do ato de ler, que não se esgota na decodificação pura da palavra escrita ou da linguagem estrita, mas que se antecipa e se alonga na inteligência do mundo. A leitura do mundo procede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre o texto e o contexto.” p.9.
“Daquele contexto - o do meu mundo imediato - fazia parte, por outro lado, o universo da linguagem dos mais velhos, expressando as suas crenças, os seus gostos, os seus receios, os seus valores. Tudo isso liga a contextos mais amplos que o do meu mundo imediato e de cuja existência eu não podia sequer suspeitar.” p.10.
“Continuando neste esforço de “re-ler” momentos fundamentais de experiências de minha infância, de minha adolescência, de minha mocidade, em que a compreensão crítica da importância do ato de ler se veio em mim constituído através de sua prática, retomo o tempo que, como aluno do chamado curso ginasial, me experimentei na percepção crítica dos textos que li em classe, com a colaboração, até hoje recordada, do meu então professor de língua portuguesa.”p.11.
“Creio que muito de nossa insistência, enquanto professoras e professores, em que os estudantes “leiam”, num semestre, um sem-número, de capítulos de livros, reside na compreensão errônea que às vezes temos do ato de ler.”p.12.
“A insistência na quantidade de leituras sem o devido adentramento nos textos a serem compreendidos, e não mecanicamente memorizados, revela uma visão mágica da palavra escrita.”p.12.
“(...)podemos ir mais longe e dizer que a leitura da palavra não é apenas precedida pela leitura do mundo mas por uma certa forma de “escrevê-lo” ou de reescreve-lo”, quer dizer, de transformá-lo através de nossa prática consciente.”p.13.
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