O valor e o poder do saber
Enviado por palheta • 13 de Febrero de 2016 • Reseña • 930 Palabras (4 Páginas) • 404 Visitas
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LICENCIATURA EM INFORMÁTICA
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS
RESENHA
EDSON DO VALE PALHETA JUNIOR
MOSÉ, Viviane. A escola e os desafios contemporâneos. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2013, O valor e o poder do saber (Cap. 1).
Viviane de Souza Mosé – capixaba, psicóloga, psicanalista, especializada em Políticas Públicas pela UFES. Autora de diversas obras de poesia, filosofia e psicanálise. Teve seu livro Stela do Patrocínio - Reino dos bichos e dos animais é o meu nome, indicado ao prêmio Jabuti de 2002 na categoria psicologia e educação. Participou da coletânea de artigos filosóficos. Publicou em 2005 sua tese de doutorado Nietzsche e a grande política da linguagem pela editora Civilização Brasileira. Coordena grupos de estudos em filosofia e participa de diversos eventos de poesia no Brasil
A autora no primeiro capítulo “O valor e o poder do saber” do livro “A escola e os desafios contemporâneos” Analisa a sociedade, educação e tecnologia atreladas ao sistema econômico e seus valores. Discorre sobre como a informação no escrito de Marx foi capaz de influenciar na concepção de um pensamento crítico e argumentativo. O Marxismo trazia o fazer pensar, revelando que o saber é uma grande arma social. “Em certo sentido, o texto de Marx abriu as portas para essa nova sociedade na qual o conhecimento, o conceito, tem cada vez mais valor essa sociedade que nasceu da democratização do acesso ao saber, à informação e aos meios de comunicação”.
Viviane relata que os estados comunistas e capitalistas eram temerosos ao pensamento reflexivo, portanto estabeleciam uma educação doutrinária. Conduta que acarretou ao séc. XXI um alto desenvolvimento tecnológico igualado a uma elevada imaturidade política e social. Tornando-nos extremamente descartáveis e imediatistas, cada vez mais incapazes de viver e criar. A tecnologia que aliena é a mesma que promete um futuro diferente, pois acarreta na democratização do acesso a informação e ao conhecimento. Esta sociedade da informação introduz uma nova lógica onde o capitalismo de produtos que se descobre esgotado em seu mercado consumidor é substituído por um que vende valores, atribuindo importância às habilidades humanas.
Desse modo Mosé analisa o valor que o ser humano adquiriu nessa sociedade de conhecimento, não todo homem, somente aquele que possui “inteligência viva”, capaz de compreender o todo e munido de ousadia e criatividade, este possui elevado valor. Pois poderá reinventar o mundo antes que ele se acabe. Porém há falta deste ser múltiplo no mercado o que é intitulado “apagão de talentos” e “crise de lideranças”. Portanto uma nova percepção é necessária para constituir este indivíduo.
Neste sentido a autora compara a sociedade a uma casca de caranguejo referindo-se a este processo de mudança que ainda não está consolidado por tanto é frágil. Identificando nossa fase atual como período de transição onde se iniciam reconfigurações, como a desigualdade que deixará de ser econômica para ser cultural e intelectual. Tornando a educação fator determinante neste sistema de exclusão ou inclusão de pessoas. Porém não se trata de uma educação básica e escolar. Além disso, é questionado o educar no séc. XXI e sobre o que realmente é importante aprender.
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