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RESENHA HOTEL ATLÂNTICO


Enviado por   •  4 de Mayo de 2014  •  587 Palabras (3 Páginas)  •  258 Visitas

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RESENHA HOTEL ATLÂNTICO

O personagem narrador, assim identificado por ser anônimo, faz uma viagem até o Rio de Janeiro e se hospeda no hotel de Copacabana, para logo começar outra viagem no dia seguinte. Ao chegar nesse hotel se depara com um cadáver carregado pelas escadas. Este personagem narrador vaga em sua própria mente, não possui passado, nem futuro e não tem ideia de seu destino a cumprir, envolvido por um misto de sentimentos intensos como o desespero por sempre estar se deslocando e nunca saber para onde ir, não sente que pertence a um lugar fixo, encadeando várias perguntas ao longo da história. Em suas profundas reflexões se autodenomina como desocupado, deste modo não ocupa lugar no mundo já que é desprendido. Vê sua viagem como uma válvula de escape, tanto que apresenta o bilhete como “alforria”, que representa a sua liberdade. Durante a viagem de ônibus até Florianópolis presencia a segunda morte, se sente um pouco abalado já que presenciara duas mortes em um curto espaço de tempo, no entanto segue seu caminho e consegue uma carona para o Rio Grande do Sul por ser reconhecido como artista, seu antigo trabalho, visto que não possui mais trabalho regular e vive momentaneamente da venda de um carro. Antes de chegar ao destino final param na Fazendo Oásis onde percebe que corre um sério perigo de morte e só encontra reação para fugir do local. Seu próximo destino é Viçoso, o personagem narrador se sente inda mais perdida, pois não faz ideia em que região aquela cidadezinha se encontra, onde encontrou abrigo e se disfarçou por um breve tempo de padre, ao passear pela cidade se vê novamente diante a morte, desta vez assume o papel de padre e dá a benção a então idosa falecida. Novamente parte daquele local, chegando a Arraiol, perde os sentidos e acorda em um hospital, com sua perna amputada, a partir disso é visível a lenta deterioração de seu corpo e psicológico. Ele permanece no hospital durante um tempo até descobrir que era mantido ali pelo interesse pessoal do Dr. Carlos, candidato a prefeito que pretende usar o ator para conseguir votos, no entanto logo se dá conta de que seu passado não empolga mais a população interiorana e o narrador aceita que precisa partir. Mas dessa vez não sozinho já que cultivou uma bonita amizade e cumplicidade com o enfermeiro negro.

Desse modo, ao logo da história esse personagem narrador não recebe nome próprio, condizendo com sua condição de nunca poder nomear o lugar para onde vai, visto que ele não conhece a si e nem a sua história. Durante sua trajetória assume diversos papéis falsos como conquistador, engraçado, padre, desempregado, entre outros. Encontra-se diante da morte por várias vezes, o que sinaliza constates perdas em sua vida, de pessoas, de sentidos e membros. Não pode se definir e nem se orgulhar de quem se tornou por isso não cultiva nenhum vínculo ou algo que o pudesse prender para continuar

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