Lisandro Alonso
Enviado por lucasarizaga • 24 de Febrero de 2013 • 335 Palabras (2 Páginas) • 312 Visitas
O cinema contemporâneo argentino tem duas vertentes muito diferentes uma da outra. Por uma parte está o cinema mais tradicional, de diretores com vários anos de trajetória, um pouco mais apegados a industria e a esquemas mais conhecidos. Por outro parte há uma nova geração que tem a oportunidade de materializar suas operas primas a uma idade relativamente curta, com grande diversidade temática, visões realistas, minimalistas e sobre tudo inovadoras.
É nesta segunda corrente que se encontra Lisandro Alonso, diretor e roteirista - além de produtor, editor e assistente de direção - argentino, nascido em 2 de junho de 1975 em Bueno Aires. Este jovem se encaixa dentro do chamado cinema independente ou indie , de abordagens radicais e sem concessões ao cinema estendido como produto. A construção de seus filmes se apóia em um ritmo emocional, de caráter intimista. As sequências, os planos fixos e mantidos por longos períodos, permitem ao espectador participar a través da emoção e reconhecer a identidade humana dos personagens. O ritmo e as imagens de suas obras beiram as técnicas empregadas nos documentários. A paisagem, interior e exterior, é um elemento mais nos seus quatro longas-metragens: La Libertad (2001), Los Muertos (2004), Fantasma (2006) e Liverpool (2008).
O primeiro, “La Libertad” , contempla um dia na vida de um lenhador no monte: Misael. E algo parecido ocorre no seu segundo filme “Los Muertos”, com Argentino Vargas, mas neste caso o registro de suas ações se agrega um propósito; nesse dia o personagem sai da prisão e recorre as ilhas do litoral para se reencontrar com a sua filha. Porém, Alonso parece não querer contar historias, situando suas obras no limite dos filmes de ficção. Não há anedotas e quase não se escutam diálogos pois neste caso nos deparamos com um cinema que está mais próximo da idéia de registro.
As paisagens são abertas, naturais, belas e nos incitam à contemplação. E nesse ponto é onde parece que o diretor quer transmitir a esperança dos seus personagens: na contemplação.
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