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A entrada em vigor do Solvência II, representará mudanças consideráveis sobre a função atuarial, o controle e a gestão dos riscos..


Enviado por   •  5 de Junio de 2016  •  Apuntes  •  764 Palabras (4 Páginas)  •  324 Visitas

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A entrada em vigor do Solvência II, representará mudanças consideráveis sobre a função atuarial, o controle e a gestão dos riscos.

A esta mudança, está associada uma ampliação dos trabalhos básicos do atuário, que terá de dispor a partir deste momento de conhecimentos adicionais diretamente relacionados com a medição dos riscos, de forma a determinar as necessidades de capital tendo em conta as diferentes linhas de negócio em que opera a seguradora.   Isso envolverá uma complexa reavaliação de suas atividades, certificando que os riscos estarão sob controle em todos os aspectos: da governança e da solvência sob olhos dos acionistas, do mercado e do regulador.

 A tudo isto se acrescentam situações de mudança nos mercados, às vezes superando todo o tipo de expectativas, que vieram mostrar a necessidade de aprofundar os conhecimentos estatísticos para tratamento da volatilidade intrínseca da operação.

A necessidade de apresentar balanços realistas e fixar os padrões adequados de capital, segundo a própria autoavaliação de riscos, tem sido acompanhada de uma maior atividade de controle por parte da entidade de supervisão. E esta atividade requer uma demonstração de que a posição financeira é adequada para o presente e para o futuro, consequentemente exigindo publicações e relatórios mais detalhados incluindo perspectivas de longo prazo da situação financeira da organização.

Falar de Solvência II é falar de uma nova estrutura de controle mais complexa com fatores quantitativos e qualitativos em prol de um mercado mais transparente e consistente.

Esta nova abordagem de supervisão e regulação impõe a necessidade de determinar o perfil e o apetite de risco das seguradoras e, por isso, a utilização de modelos que permitam quantificá-los, refletindo todos os riscos assumidos pela entidade.

A necessidade de integração com a área de controles internos é de extrema importância pois a abordagem qualitativa dos Mapas de Risco, que espelham os riscos e controles existentes, pode orientar o atuário na identificação de cada um deles, podendo mais tarde fazer a quantificação em termos de gravidade e frequência, auxiliando também na criação do banco de perdas recém regulado pela SUSEP.

Na gestão tradicional, a tomada de decisões é baseada no ROE (Return on Equity); por outro lado, debaixo de uma gestão baseada no capital temos de ter em consideração a rentabilidade face ao risco assumido RAROC (Risk Adjusted Return on Capital). Isto quer dizer que não mediremos somente a rentabilidade mas também ponderaremos o nível de risco assumido.

A gestão integral dos riscos assumidos por uma seguradora, tal qual está previsto em Solvência II, pressupõe uma mudança radical no tratamento da informação. Em primeiro lugar, as entidades têm de ter à sua disposição bons profissionais e bons sistemas de gestão de bases de dados. É verdade que durante a última década assistimos a importantes saltos quantitativos no desenvolvimento de bases de dados, entretanto é necessário que haja um maior incremento qualitativo permitindo maior ampliação na identificação dos perfis de riscos.

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