PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO EM UMA MICROEMPRESA DO SETOR MOVELEIRO, NATAL/RN
Enviado por laurabritog • 28 de Abril de 2014 • 2.746 Palabras (11 Páginas) • 399 Visitas
Introdução
O ambiente organizacional encontra-se sob forte concorrência, e a obtenção de vantagem competitiva é um fator que tem sido cada vez mais decisivo para a permanência das empresas no mercado. Com o intuito de atingir melhores resultados em competitividade e produtividade é fundamental que haja um planejamento adequado com foco na capacidade produtiva da empresa.
Entretanto, planejar é sempre uma atividade voltada para o futuro, e o futuro só se pode prever. Por isso, o presente trabalho tem como objetivo elaborar um planejamento e controle da produção por meio do estudo da capacidade produtiva da empresa moveleira, prevendo sua demanda e realizando um estudo sistemático no estoque.
O seguinte trabalho justifica-se em relacionar aspectos demonstrados no estudo da gestão de sistemas produtivos, nos quais se baseiam em interligar a capacidade, demanda e estoque junto ao planejamento e controlo da produção (PCP). O objetivo do PCP é criar condições para que a empresa consiga atender a toda a demanda dos clientes. Caso não seja possível, a empresa precisa decidir onde alocar seus recursos, quais clientes serão atendidos total ou parcialmente e quais terão que esperar (MACHADO, 2010).
Referencial teórico
Setor moveleiro
Nos últimos anos, o setor moveleiro brasileiro avançou consideravelmente e está cada vez mais próximo dos níveis internacionais. De acordo com MOVELSUL 2009, maior feira de móveis da américa latina, ao longo de 2008 o país faturou 22,25 bilhões de reais, representando assim 1,87% do PIB.
Conforme dados do ministério do trabalho em janeiro de 2012 o setor gerou 1.808 novos postos de trabalho, representando um crescimento de 9,4% em relação ao mesmo período de 2011.
Segundo o BNDES a informalidade é muito presente no setor moveleiro, resultando assim em ineficiências em toda cadeia industrial, pois impossibilita a introdução de normas técnicas que padronizem a produção dos móveis. O consumo nacional é quase totalmente suprido pela produção doméstica ocupando 60% da fabricação total do setor.
Sistema de Gestão de Processo
Demanda
Segundo Arnold (2006 apud Souza, Antonio e Prudenciato), a previsão é recurso administrativo importante para o planejamento, pois este é feito considerando-se cenários futuros prováveis, para os quais são feitas estimativas do comportamento das principais variáveis que podem afetá-lo. Não se pode fazer nada sem alguma forma de estimativa. É importante saber que o gerenciamento da demanda dependerá da natureza da mesma, e suas incertezas.
A demanda interna da empresa é chamada de demanda dependente e as demandas imprevisíveis são chamadas por demanda independente. O valor encontrado dessa segunda demanda é através de estimativas, que as empresas seguidamente analisam por serem solicitadas a atender a demanda sem visibilidade firme dos pedidos futuros dos clientes. Ou seja, é importante “a previsão da demanda, pois ela será a base para o planejamento estratégico da produção, vendas e finanças de qualquer empresa e, segundo Dias (2006) a previsão é o ponto de partida de todo planejamento empresarial.” (Slack, N. et all, 2006)
Segundo Tubino (2007 apud Slack et all) com o planejamento as empresas podem desenvolver os planos de capacidade, de fluxo de caixa, de vendas, de produção e estoques, de mão-de-obra, de compras etc. Dessa forma, o estudo e aplicação de métodos/ferramentas de demanda para a empresa do setor moveleiro em estudo é relevante para resultados e objetivos futuros. É importante ressaltar que a sazonalidade da demanda nesse setor pode ser encontrada nas causas são financeiras e sociais.
Capacidade
Estimar a demanda futura de bens e serviços é condição essencial para a elaboração de um plano de trabalho que inclui o dimensionamento das capacidades envolvidas com a definição de equipamentos, dos recursos financeiros, da disponibilidade de mão-de-obra e da quantidade de materiais necessários para a produção de bens e serviços (GONÇALVES, 2004).
Com o intuito de facilitar a compreensão do conceito de capacidade produtiva, Slack (1999) diz que é o nível máximo de atividade de valor adicionado que pode ser conseguida em condições normais de operação durante determinado período de tempo. Hayes et al. (2008) argumentam que medir a capacidade de sistemas produtivos é uma tarefa complexa, devido à ação dos seguintes fatores associados à variabilidade: políticas da empresa, confiabilidade dos fornecedores,confiabilidade dos equipamentos, taxas de produção e o impacto dos fatores humanos.
Favaretto (2001, p. 39) explica que “o objetivo do planejamento da capacidade é assegurar a compatibilidade entre a capacidade disponível em centros de trabalho específicos e a capacidade necessária para atender a produção planejada.” Desse modo, Hopp e Spearman (2001) apresentaram os seguintes pressupostos sobre o gerenciamento da capacidade produtiva em sistemas:
a) uma linha de fluxo desequilibrada com um gargalo conhecido é mais fácil de administrar e demonstra um comportamento logístico melhor quando comparado com uma linha em equilíbrio, onde os tempos de processamento das operações são semelhantes;
b) a capacidade está geralmente disponível apenas em tamanhos incrementais pré-determinados,ou seja, podemos comprar um ou dois recursos, mas não um e meio e pode ser impossível ajustar a capacidade de determinada operação com a meta de produção;
c) o custo da capacidade, geralmente, não é o mesmo em cada estação de trabalho e é mais barato manter capacidade em excesso em algumas estações do que em outras.
Segundo Antunes et al. (2008) a capacidade pode ser determinada a partir da seguinte equação:
C=T_t+μ_g
Onde:
C: Capacidade de produção para a produção;
Tt: Tempo total disponível para a produção (tempo);
µg: Índice de Rendimento Operacional Global do equipamento (IROG).
A partir destes cálculos será possível conhecer a real capacidade da empresa e compará-la com a demanda atual do mercado. Da busca pela igualdade entre capacidade e demanda surgem os estoques, e é necessário o gerenciamento desse para que não haja produção baixa ou excessiva.
Estoque
O estoque é necessário para o processo, não permitindo que falte material caso haja falha no processo ou pela incerteza de mercado. Dessa forma, o estoque pode ser definido como um conjunto de materiais disponíveis a espera de utilização em um processo. A gestão de estoque gerencia os mesmos, encontrando um ponto de equilíbrio entre ele e a demanda do mercado consumidor.
De acordo
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