O Colonizador Portugues
Enviado por lidiane_andrade • 28 de Mayo de 2015 • 1.938 Palabras (8 Páginas) • 311 Visitas
O colonizador português: antecedentes e predisposições.
O terceiro capítulo inicia os estudos do colonizador do Brasil, o português dos anos quinhentos e seiscentos, e não do português contemporâneo. A figura do colonizador português está fortemente relacionada à de um grande escravocrata, entretanto, foi ele que melhor confraternizou com seus escravos e que foi menos cruel nas relações com eles.
A colonização no Brasil se deu aristocraticamente, além de ser também patriarcal e escravocrata, visto que, o português fez-se aqui, o dono de terras vastas e grandes quantidade de escravos, mais do que qualquer outro colonizador da Europa.
Naquela época, o português vivia de idealizações (um passado de esplendor exagerado, simulando qualidades tipicamente europeias e imperiais, as quais podem possuir durante pouco tempo). O texto faz criticas aos portugueses dos princípios do século XX que possuíam como principais ideais de engrandecimento nacional a conquista da Espanha e a construção de uma marinha de guerra. Marcado pelo ódio ao povo espanhol e aos mouros, o português teria se tornado e conservado independente, predisposto ao nacionalismo e ao imperialismo. No território da América, os portugueses, diante de um vasto território, declararam um processo na tentativa de unificação da península, que consistia em guerra de cristãos (portugueses) e infiéis. Entretanto a perseguição não era direcionada ao índio em si, mas sim a personalidade bugre. Essa mesma hostilidade ocorria para com os ingleses, franceses e holandeses, e possui sempre o mesmo caráter de profilaxia religiosa: seu ódio é contra o pecado e não contra o pecador.
Na falta de sentimento ou da consciência da superioridade da raça tão necessitada dos colonizadores ingleses, o colonizador do Brasil apoiou-se no critério da pureza da Fé, ou seja, em ( ) vez de ser o sangue foi à fé que se defendeu a todo transe com os hereges não confundindo com a xenofobia. O português esquecia a raça e considerava igual o indivíduo que possuía a mesma religião que ele.
Após o início da colonização no Brasil, o colonizador português oficial teve seu sangue misturado livremente ao de europeus das mais variadas procedências: ingleses, franceses, florentinos, genoveses, espanhóis, etc. Os ingleses, livres da suspeita de serem hereges, tinham sua presença respeitada e eram recebidos fraternalmente nas colônias. Durante esse processo que tinha como objetivo a purificação da fé, a igreja funcionava como uma espécie de desinfetório, á serviço da saúde moral da colônia.
Portugal por ter sido dominado por mouros e, na expulsão deles, o principal fator para a união dos portugueses, foi o da guerra contra o paganismo.
Na expulsão dos mouros de Portugal, para se garantir a posse das terras, a agricultura foi o grande instrumento.
Principalmente a lavoura gerada pelo clero, mas que ficou restrita a isso.
Havia pouca comida nos dias normais, exceto nos dias de festa. Os jejuns eram muito banais, tanto pela religiosidade, quanto pela economia.
Quanto às características físicas, não existia pureza de quanto pela economia.
Quanto às características físicas, não existia pureza de nenhum tipo, possuindo a população portuguesa uma extrema variedade de tipos, desde estatura abaixo da média, os olhos e cabelos escuros, nariz largo, etc. encontrada na região do alto Minho. Já na região de Oviedo é possível encontrar mais puramente representada a raça braquicéfala, de estatura baixa, cabeça ( )globulosa, etc. O homem colonizador do Brasil no século XVI e XVII era formado por antagonismos, como barba loura e cabelo escuro. O autor narra também que antes de chegar ao Brasil, os portugueses já haviam demonstrado interesses pelos trópicos, tanto na Índia quanto na África, a tendência da colonização híbrida, explica o passado étnico com influência cultural, sexual, religiosa, etc., adquirida desses povos. Mas foi no Brasil que os portugueses encontraram base sólida para formar uma sociedade firmada na agricultura, onde podiam explorar os habitantes locais para trabalho escravo, além da união sexual com as índias que aqui viviam. As diferenças se misturavam entre as raças. Já não era possível encontrar um tipo físico unificado, a raça já não tinha mais papel decisivo.
A mistura cultural e genética, já não era presente somente em Portugal, mas também em outras partes da península. É certo que os portugueses são muito mais suscetíveis a miscigenação que os outros europeus, as sociedades coloniais formadas pelos portugueses são todas híbridas. No início da colonização no Brasil, São
Paulo e Pernambuco foram locais de foco de Energia criadora, com poucas mulheres brancas e com uma grande mescla de sangue indígena. Já não era convencional dizer que eram genuinamente europeus. O que não impediu que os portugueses triunfassem no domínio da terra, onde tudo ocorreu rapidamente, com qualidades de permanência. Para os portugueses, a mistura de raças e culturas foi uma vantagem para sua melhor adaptação, não só biológica como social.
Pois isso foi uma forma de povoar os () territórios brasileiros, além de fortalecer os aspectos físicos da raça branca. A união com a mulher índia trouxe a multiplicação do colonizador mestiço, que além de povoar as terras, a mistura de raças formava seres mais resistentes ao clima. O clima de um lugar exerce influência na formação da sociedade, pois ele determina a produtividade da terra como fonte de nutrição e também como recurso de exploração econômica. Porém, o português teve que mudar bruscamente seu modo de alimentação e comportamento. Tudo mudou: o clima, o solo, o ambiente. O trabalho agrícola era feito pelo negro, porém coordenado pelo europeu. O português sofreu as novas circunstâncias de vida física, além da vida econômica e social. Aqui tudo era diferente, uma terra em que o solo era fértil, mas não podia plantar tudo o que quisesse. Os rios também não podiam ser aproveitados economicamente na lavoura, ocorriam enchentes e em outras épocas, secas.
Havia muitas larvas, insetos e vermes nocivos ao homem. Os portugueses foram também os primeiros colonos que tiveram a disposição de povoar e defender militarmente o Brasil. Criaram colônias e deixaram seu país para imigrar com suas famílias.
A partir de 1532, a colonização portuguesa, caracterizou-se pelo domínio da família rural ou semi-rural. Houve a colonização por indivíduos (soldados, aventureiros, cristãos-novos fugidos perseguição religiosa, náufragos, traficantes de escravos, de animais, madeira, etc.), porém, durou tão pouco que chegou a ser quase indiferente política e economicamente e não chegou a ser definido como sistema colonizador.
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