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Adulterio - Análisis


Enviado por   •  17 de Septiembre de 2015  •  Síntesis  •  1.832 Palabras (8 Páginas)  •  94 Visitas

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DADOS BIOGRÁFICOS DO AUTOR

Paulo Coelho nasceu no Rio de Janeiro, Brasil, o 24 de agosto de 1947, trabalhou como diretor e autor de teatro, jornalista e compositor antes de se dedicar à literatura. Desde a publicação do seu primeiro livro, O Peregrino de Compostela (Jornal de um feiticeiro), sua obra tem sido pubricada em mais de 170 países e traduzida a 80 idiomas. Entre seus maiores sucessos destaca-se O Alquimista, considerado o livro brasileiro mais vendido de todos os tempos, que leva seis anos consecutivos nos primeiros postos da prestigiosa faixa de vendas do The New York Times.

Coelho é o escritor com maior número de seguidores nas redes sociais e tem recebido destacados galardões internacionais, como o prêmio Crystal Award que concede o Foro Econômico Mundial; a prestigiosa distinção Chevalier de l’Ordre National da Légion d’Honneur do governo francês e a Medalha de Ouro de Galiza. Desde 2002 é membro da Academia Brasileira das Letras, e desde 2007 exerce como Mensageiro da Paz das Nações Unidas.


AÇÃO OU TRAMA

 Linda é uma respeitada jornalista de 31 anos muito bem considerada no jornal de Genebra onde trabalha. Inteligente e muito atraente, leva dez anos casada com o marido perfeito, um homem bondoso, razoável e rico, com o qual tem dois filhos. Possuí-lo tudo: juventude, amor, dinheiro e sucesso pessoal e profissional.  

Apesar disto, Linda começa a tomar consciência de que não é feliz. Na cara oculta de todo o bem-estar que lhe rodeia se esconde algo muito diferente: uma vida previsível, carenciada de aventura e de paixão, e isso lhe produz uma apatia insuportável. “Quando chega a noite e ninguém me vê, me assusto por tudo: a vida, a morte, o amor e sua ausência, o fato de que todas as novidades se estão a converter em hábitos, a sensação de que estou a perder nos melhores anos de minha vida numa rotina que vai a, seguir se repetindo até que me morra, e o pânico a me enfrentar ao desconhecido, por mais emocionante e aventureiro que seja”.[1]

“Quero mudar. Preciso mudar”.[2]

 O jornal para o qual trabalha lhe encarrega uma entrevista com um político, Jacob König. Dá a casualidade de que se trata de um antigo colega de estudos, um amor de adolescência. Este encontro profissional desata nela um impulso esquecido e depois da entrevista, rompendo as normas, toma a iniciativa de uma aproximação sexual que ele consente. “¡Rompo as normas e não se me cai o mundo em cima”! Fazia tempo que não me sentia tão feliz. A cada vez sento-me melhor, mais audaz, mais livre”.[3] Decidem voltar a ver-se.

O acontecido, longe de deixar em Linda uma estela de remordimiento, lhe produz uma sensação de bem-estar e aviva nela um desejo ardente, algo que faz muito tempo não tinha sentido. Mas tem medo a ser descoberta. Uma segunda cita tem lugar pouco depois. Jacob conta-lhe que tem tudo o que um homem pode desejar, e, no entanto não é feliz no seu matrimônio. Linda volta-se a apaixonar dele. Jacob acrescenta que sua vida consiste em comprazer aos demais, começando por Marianne, sua esposa, a quem sente que não pode decepcionar, já que ela luta para que ele tenha um futuro brilhante. Para Linda, os encontros com Jacob começa a devolvê-lhe uma vida atraente e cheia de risco. No entanto, é consciente de que se continua por esse caminho que não conduz a nenhuma parte, pode acabar causando muita dor às pessoas de seu redor. E o verdadeiro é que ela quer a seu marido e a seus filhos. Finalmente, uma noite decide falar a seu marido de sua insatisfação, de sua tristeza e de suas muitas noites de insônia. Ele deseja ajudála, lhe oferece seu apoio; mas Linda sabe que ele está tão perdido como ela. “Ele me assegura que vou sair desta situação. Não devo me julgar a minha mesma. Não devo me culpar para nada. Ele está o meu lado”.[4]

No percurso de uma votação política, acto para o qual Linda tem oferecido a cobrir para seu jornal, tem a oportunidade de conhecer à esposa de Jacob, Marianne König, quem acompanha a seu marido, e comprova que se trata de uma mulher elegantíssima, inteligente e cheia de ambição. Aos poucos minutos de conversa, declara-se uma aberta hostilidade entre ambas. “...Finge estar pendente de minhas palavras. Deve de saber mais do que mostram seus olhos...”[5] “...Imagino que não tens o menor interesse em prejudicar a meu marido...”.[6] Despedem-se, mas antes Marianne faz-lhe uma insinuação na que lhe dá a entender que Linda não tem nenhuma possibilidade. A jornalista se promete destruir sem piedade a essa mulher. “...há uma vingança que pretendo executar.”[7]

Para isso traça um plano arriscado que, de ser descoberta, poderia a comprometer muito seriamente, e que no último momento fica truncado. Linda dá-se conta de que tem estado à beira do abismo e para evitar causar dano aos seus decide pedir ajuda. Visita vários psiquiatras, que não lhe resolvem nada, e a um bruxo que lhe dá interessantes conselhos baseados, em grande parte, na sua própria experiência. Paralelamente, a irregular relação com Jacob avança. Um dia, finalmente fazem o amor. Ela se dá conta de que o que para ela é a realização de um sonho, para ele é tão só um pasatiempo.

Chega o Natal, e numa festa encontram-se os dois casais. Marianne propõe ir a jantar todos juntos, e no percurso de uma velada na que bebem de mais, Linda se sente acusada por Marianne e tem uma saída de tom. Ao dia seguinte Jacob revela-lhe que Marianne não suspeitava nada, mas que ela mesma tinha acusado com sua atitude da noite anterior e que agora sua mulher está convencida de que mantêm uma relação. “Tens metido à pata. Ela não tinha ideia de que tinha algo entre nós, mas agora está segura. Caíste numa armadilha que ela não pôs”.[8]

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